Aspiras
à união com Jesus e, consequentemente, à vitória da paz em ti
mesmo.
Para
conseguir semelhante realização, será preciso, porém, penetrar
mais profundamente no significado das palavras do Cristo: “e aquele
que quiser vir em meus passos, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e
siga-me”.
A
fim de que liames inferiores da personalidade sejam desatados, de
modo a empreendermos a marcha na direção do Senhor, é necessário,
entretanto, desarraigá-los de nossa realidade e não da realidade
dos outros.
Por
isso mesmo, se nos propomos renovar-nos, é imperioso deixar que os
demais livremente se renovem.
Não
tiveste o pai que desejarias e nem a progenitora que esperavas?
Ama-os, tais quais se revelam, e abençoa-os pelo bem que te fizeram,
trazendo-te à escola humana.
Não
achaste o esposo ou a esposa, na altura de teus ideais? Aceita o
companheiro ou companheira que a vida te deu, exercendo a tolerância
e o amor, observando que todos somos ainda espíritos incompletos, na
oficina da evolução.
Não possuis nos filhos os seres afins com que sonhavas? Acolhe-os como
são e dá-lhes a melhor ternura da própria alma, na certeza de que
também eles estão a caminho da perfeição que para nós todos
ainda vem longe.
Não
vês nos irmãos e nos amigos os gênios de bondade e abnegação que
supunhas? Abraça-os, qual se mostram e oferece-lhes o apoio fraterno
que se te faça possível, sem algemá-los a pontos de vista.
Cada
criatura vive na realidade que lhe é característica.
Em
toda parte, cada um de nós em sua luta, em sua dificuldade, em sua
prova, em seu problema.
Enquanto
nos pomos a censurar, não conseguimos entender.
Enquanto
exigimos, não aprendemos a auxiliar.
Deixemos
cada companheiro ou companheira de caminho, na realidade que lhes
toca e, amando e abençoando a todos, atendamos à realidade que nos
diga respeito, reconhecendo que não nos achamos no educandário da
experiência para dar as lições alheias e sim dar conta das lições
outras que, pelas aulas do dia-a-dia, a própria vida confere a nós.
Pelo
Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro:
Mãos Unidas. Lição nº 13. Página 51.
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